quinta-feira, 29 de maio de 2014
Como organizar uma quadrilha junina
Caminho da festa: Os pares seguem atrás dos noivos, iniciando a dança e parando em determinado momento no centro terreiro.Anariê (do francês en arrière, para trás): as damas e os cavalheiros se separam (4 metros, aproximadamente), formando duas colunas.
Os cavalheiros cumprimentam as damas: eles se aproximam das damas, cumprimentando-as. Flexionam o tronco, mantendo a cabeça erguida, e voltam a seus lugares, caminhando de costas.
As damas cumprimentam os cavalheiros: elas repetem a evolução dos cavalheiros.
Saudação geral: tanto as damas como os cavalheiros andam para a frente e, quando se encontram, cumprimentam-se.
“Balancê” e “tur” (balanceio e giro): damas e cavalheiros fazem o passo no lugar, balançando os braços naturalmente, e giram dançando juntos.
Grande passeio: as damas colocam-se à direita dos cavalheiros e os dois dão-se os braços. Do lado de fora o outro braço continua balanceando ao longo do corpo. Formam um círculo e seguem dançando. Quando o marcador anuncia nova evolução, a progressão cessa e os participantes fazem o que foi ordenado.
“Changê” de damas (trocar de damas): no grande passeio, os cavalheiros avançam e colocam-se ao lado da dama imediatamente à frente. Se for dito “mais uma vez”, repetem o movimento. Os comandos “passar duas” e “passar quatro” também são executados pelo cavalheiro.
Olha o túnel: os noivos, que estão na frente, param e elevam os braços internos para cima e, de mãos dadas, fazem o túnel. O segundo par flexiona o tronco, passa pelo túnel, coloca-se à frente dos noivos e eleva os braços, e assim sucessivamente, até que todos passem. Executa-se o passo no lugar durante essa evolução.
Segue o passeio: é a voz de comando para que o grande passeio continue.
Caminho da roça: as fileiras de damas e cavalheiros fundem-se, formando uma só coluna. O primeiro segura, com as mãos à altura dos ombros, as mãos de quem está atrás. Os demais colocam as mãos nos ombros de quem está à sua frente. A coluna progride, fazendo curvas para um lado e para outro, como se fosse uma serpente. O marcador da quadrilha continua dando voz de comando.
Olha a chuva!: todos dão meia-volta.
Já passou!: todos dão meia-volta novamente dizendo “ehh!”.
Olha a cobra!: as damas gritam e pulam, os cavalheiros procuram segurá-las em seus braços.
É mentira!: os “caipiras” ou “ matutos” continuam o passo e gritam “uhh!”.
A ponte quebrou!: todos dão meia-volta novamente.
Já consertou!: voltam a dançar no outro sentido.
Olha o caracol!: em coluna e com as mãos ainda sobre os ombros de quem está à frente, todos obedecem às ordens do marcador, que começará a descrever um percurso cheio de curvas que fazem lembrar o casco de um caracol. Quando o marcador disser “desvirar”, o guia deverá fazer as curvas em sentido contrário, voltando a dançar em linha reta.
Formar a grande roda: os participantes da quadrilha dão as mãos formando uma grande roda e, ao ouvir a voz de comando “à direita”, “à esquerda”, deverão se deslocar no sentido determinado pelo marcador.
Damas ao centro: as damas formam uma roda no centro e deslocam-se no sentido indicado pelo marcador.
Coroa de rosas: os cavalheiros, de mãos dadas, erguem os braços na vertical sobre a cabeça das damas, como se as coroassem, depois abaixam os braços passando-os pela frente, até a altura da cintura das damas, contornando-as. Fazem o passo no lugar durante a coroação. Depois podem deslocar-se “à direita” e “à esquerda”.
Coroa de espinhos: nesse momento, são as damas quem elevam os braços sobre a cabeça dos cavalheiros, coroando-os.
Olha o grande passeio!: repetem a formação descrita anteriormente.Vai começar o grande baile.
Olha a valsa dos noivos!: os noivos entram no centro da roda e dançam juntos.
Olha os padrinhos!: os padrinhos dançam no centro da roda.
Baile geral!: todos os pares dançam no centro da roda.O grande baile está acabando.
Vamos nos despedir do pessoal!: todos executam a evolução do grande baile e se retiram do centro do terreiro, despedindo-se das pessoas que estão assistindo.
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